A lendária atiradora, Lyudmila Pavlichenko (Belova de nascimento), nasceu em 12 de julho de 1916, na cidade de Belaya Tserkov, província de Kiev no Império Russo. Já aos 14 anos entrou para um clube de tiro em Kiev e aprendeu a usar um rifle.

No exato momento da invasão alemã, em junho de 1941, Pavlichenko, com apenas 24 anos, corre até o escritório de recrutamento para combater no fronte. Foi alistada na 25ª Divisão de Rifles do Exército Vermelho e participou de batalhas fronteiriças na República Socialista Soviética Moldávia, em defesa de Odessa e Sebastopol.

A “Senhora Morte”, como ficou conhecida Pavlichenko, foi promovida duas vezes, primeiro a sargento sênior após a confirmação de ter atingido 100 mortes, segundo a tenente quando a contagem subiu para 200.

Em junho de 1942, os últimos dias da defesa de Sebastopol, ela ficou gravemente ferida e foi evacuada da área das operações de combate. Após esse incidente, ela foi enviada para uma turnê a fim de angariar apoio para a guerra. Nos Estados Unidos, Pavlichenko se tornou a primeira cidadã soviética a ser recebida por um presidente dos Estados Unidos na Casa Branca. Pavlichenko discursou ativamente para o público americano de que era necessário juntar-se à luta contra os Nazistas e instou-os a abrir uma segunda frente. Numa das reuniões, ela disse uma frase lendária: ′′ Eu tenho 25 anos e já matei 309 ocupantes fascistas. Não acham, cavalheiros, que se esconderam nas minhas costas há demasiado tempo?”

De volta a casa, Pavlichenko foi promovida a major e premiada com a Estrela de Ouro de Herói da União Soviética, recebendo também a Ordem de Lênin por duas vezes. Embora sua viagem pelo Ocidente não tenha alcançado seu objetivo de garantir uma segunda frente imediata na Europa, Pavlichenko voltou para casa como um herói.
Com apenas 58 anos, em 27 de outubro de 1974, a maior atiradora da história da Segunda Guerra faleceu devido a um derrame, após sofrer anos de estresse pós-traumático, depressão e alcoolismo, fatores que teriam contribuído para sua morte precoce. Está enterrada no cemitério Novodevichy de Moscovo.