A esfera política é um ambiente hostil para as mulheres que lutam. Principalmente para as mulheres que, por esta condição, tem sua integridade e vida pessoal ameaçadas.

A plena inserção das mulheres na política é uma disputa histórica. Desde o surgimento da propriedade privada e a formação da família nuclear, a mulher foi retirada do espaço público e delegada ao trabalho reprodutivo. De maneira equivocada e proposital, por muito tempo foi considerada incapaz de se engajar na vida pública e política comparada ao homem, fora do lar. O que cai por terra quando se considera formas sociais organizativas em períodos anteriores e ao longo da história de luta das mulheres pelo direito ao voto, melhores condições de trabalho e salários, por creches, organização sindical e pela inserção na vida política num geral.

Ainda assim, por esses resquícios conservadores que persistem na sociedade de classes, a mulher ainda enfrenta inúmeras violências quando decide tornar-se ativamente organizada politicamente, seja nos espaços de militância popular, seja na política institucional.

Nesse sentido, o Coletivo Feminista Classista Ana Montenegro, presta solidariedade à Manuela D’Ávila (@manueladavila), a sua filha Laura e família, pelos ataques pessoais e violentos que têm enfrentado. Manuela é frequentemente alvo de ataques da direita, principalmente com notícias falsas para desmoralizar a sua figura, como foi visto, também, nas eleições presidenciais em 2018. Isso ocorre, principalmente, por ser uma mulher inserida na vida política e de esquerda.

Esse cenário é muito comum para as mulheres que constroem movimentos sociais e serve para elucidar o que nos atinge diariamente. Nós nos organizamos coletivamente, justamente, para nos preparar e atravessar por isso juntas, elevando a consciência das trabalhadoras e trabalhadores, construindo as diversas lutas do nosso tempo e que são caras às mulheres, considerando todos os atravessamentos sociais, como a etnia, cor, nacionalidade, gênero e outras opressões vividas pela classe trabalhadora que não se adequa à normatividade burguesa.

🚩 NÃO NOS CALAREMOS! VAMOS À LUTA! 🚩

Por @anamontenegro.portoalegre