Sabemos e vemos que o patriarcado se coloca como obstáculo opressor de nossas conexões, inclusive naturalizando a ausência paterna, a desresponsabilização, o abandono, a ausência de afeto e o reconhecimento por parte dos homens na vida de seus filhos. Ser pai TRANScende totalmente os fatores biológicos e consanguíneos. Aqui falamos de presença, ensino, paciência e afetos na vida de outro ser humano, da inserção para construção de uma referência que possa ser confiança e refúgio. Cabe lembrar que a paternidade se trata também da afirmação do cuidador e de quem foi/é/deveria ser cuidado. Hoje lembramos que há os que exercem a paternidade junto aos filhes em suas caminhadas, se constituindo enquanto pai neste caminho, inserido efetivamente nas atividades de cuidado, ensino e afeto, independente da configuração familiar. Contudo, este não é fato majoritário para população. Ainda há muito o que avançar no que tange à inserção das figuras masculinas nas relações humanas de cuidado e afeto ao longo de toda vida. Seguimos juntes na luta por relações mais comunitárias e não focadas na construção nuclear familiar, contudo, na contradição de nossos tempos, afirmar a importância da paternidade efetivamente presente e desenvolvida é avançar também em nossas pautas.#Repost@anamontenegromt