“Cunhã-Uasu Muacasáua – MULHERES FORTES E UNIDAS!”
Hoje, 05 de setembro, é Dia Internacional da Mulher Indígena. A data foi instituída em 1983, durante o II Encontro de Organizações e Movimentos da América, em Tihuanacu (Bolívia). A escolha desse dia foi feita porque em 05 de setembro de 1782 morreu Bartolina Sisa, mulher quéchua que foi esquartejada durante a rebelião anticolonial de Túpaj Katari, no Alto Peru. A ONU Mulheres marcou a data reafirmando o apoio às mulheres indígenas na busca por justiça e em defesa dos direitos individuais e coletivos.
Segundo relatório da ONU, divulgado em 2010, uma em cada três índias é estuprada durante a vida. Isso evidencia que as mulheres indígenas são mais expostas a violência. Numa sociedade patriarcal, que já coloca as mulheres em situação de desigualdade, o que dizer das mulheres indígenas que historicamente foram violentadas e massacradas pelos invasores? Que proteção essas mulheres possuem?
Nesse Dia Internacional da Mulher Indígena, o Coletivo Feminista Classista Ana Montenegro homenageia duas grandes lutadoras indígenas do nosso país que combatem cotidianamente toda a violencia sofrida pela mulheres indígenas e todos os trabalhadores:
Telma Taurepang é Tuxaua da comunidade Mangueira, ex diretora do departamento de assuntos indígenas no município de Amajari, atualmente é Secretária do Movimento das Mulheres Indígenas do CIR – Conselho Indígena de Roraima, faz parte do Projeto Voz das Mulheres Indígenas da ONU, é membro do Comitê Indígena de Mudanças Climáticas e Coordenadora geral da UMIAB – União das Mulheres Indígenas da Amazônia Brasileira!Atualmente é candidata ao Senado Federal pelo Estado de Roraima, representando o PCB – Partido Comunista Brasileiro, e a Frente de Esquerda de Roraima.
Sonia Bone Guajajara nasceu no Maranhão, na terra indígena de Araribóia, no povo Guajajara, daí o nome público: SONIA GUAJAJARA.É primeira vez na história do país que uma indígena compõe uma chapa para disputar a Presidência da República. A candidatura é uma aliança entre PCB e PSOL com diversos movimentos sociais e populares e simboliza os mais de 500 anos de luta dos povos oprimidos do Brasil, em defesa de um programa de justiça, igualdade e defesa de direitos.