Em 12 de julho de 1942, em Aracaju, Sergipe, nascia Maria Beatriz Nascimento.
Historiadora, professora, intelectual, pesquisadora, poetisa, roteirista e militante, Beatriz Nascimento é sem sombra de dúvidas uma importante intelectual pra entender a relação do negro com a formação social brasileira.
Beatriz trabalhou como professora de História na rede estadual de ensino do Rio de Janeiro, associando ensino e pesquisa. Através de temáticas e objetos ligados à história e a cultura negra, passou a exercer sua militância intelectual.
Em 1974, na Universidade Federal Fluminense (UFF), esteve à frente da criação do Grupo de Trabalho André Rebouças, abordando com universitários negros do Rio e de São Paulo a discussão da temática racial na academia e na educação em geral, desenvolvendo assim formações sobre o papel do negro na história e na sociedade.
Em 1981, terminou sua pós-graduação lato sensu na Universidade Federal Fluminense (UFF) com a pesquisa “Sistemas alternativos organizados pelos negros: dos quilombos às favelas”.
Em 1989, escreveu o roteiro de Ori, seu trabalho de maior circulação, dirigido pela socióloga e cineasta Raquel Gerber. O filme, narrado pela própria Beatriz, aborda os movimentos negros dos anos 70 e 80, a relação entre Brasil e África, e a seu conhecimento acerca dos quilombos e seus significados.
Em 28 de janeiro de 1995, foi assassinada após tentar defender uma amiga vítima de violência doméstica.
*Texto via: Coletivo Minervino de Oliveira – RJ
*Arte: CFCAM-NF
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