Via @anamontenegro.rn
Nós feministas classistas entendemos que a classe trabalhadora é plural e dinâmica, e que diversos tipos de opressões se somam e se potencializam em seu seio. Sabemos que a luta contra a opressão de classe deve sempre contemplar a luta contra todo e qualquer tipo de opressão.

Mulheres lésbicas, bissexuais e trans são duplamente castigadas pelo capitalismo e pelo patriarcado por não se encaixarem na norma da família tradicional burguesa. Seus afetos, sua sexualidade e sua existência são condenados e invisibilizados em nome da manutenção de uma ordem idealizada e castradora de mulheres e de sua autonomia.

Também dentro de alguns círculos ditos revolucionários estas mulheres são caladas na especificidade de suas opressões. A pecha do identitarismo é utilizada como mais uma maneira de silenciar mulheres trabalhadoras nas suas lutas por sobrevivência e autodeterminação.

Enquanto feministas classistas, entendemos que é nosso dever abraçar a causa das camaradas lésbicas, bissexuais e trans como parte ESSENCIAL da nossa luta. Repudiamos qualquer forma de discriminação por orientação sexual e identidade de gênero, e tomamos isso também como bandeira de luta contra o patriarcado e contra o capitalismo.

#feminismoclassista