Tatiane Spitzner era advogada e tinha 29 anos quando foi assassinada por seu esposo em 2018. No dia do crime, Tatiane foi agredida diversas vezes e jogada pela janela de seu apartamento no quarto andar.

Mais de 2 anos após o crime, o julgamento que foi adiado três vezes, aconteceu.

O júri foi composto por 7 homens 4 mulheres haviam sido sorteadas para participar do júri, mas foram dispensadas por solicitação da defesa do acusado. É inadmissível que ocorra um julgamento de feminicídio sem nenhuma mulher no júri.  

Ainda durante os 7 dias de julgamento, mesmo com todas as provas apresentadas, a postura do advogado de defesa ao “simular o estrangulamento” de uma advogada, questionando e banalizando a agressão sofrida por Tatiane, só tornou evidente o quanto o sistema patriarcal continua desmerecendo e culpando as vítimas pelas violências sofridas.

Ao fim do julgamento, o assassino de Tatiane foi finalmente condenado e responsabilizado por sua morte. Mas diversos casos de violência contra as mulheres continuam ocorrendo todos os dias, com índices ainda maiores na pandemia, e por isso precisamos continuar a luta para que não haja nenhuma de nós a menos.

O ciclo de violências e questionamentos a que as mulheres estão submetidas, aliados ao fato de que em diversas ocasiões seus agressores são inocentados e suas denúncias desacreditadas, faz com que muitas mulheres sintam-se desencorajadas a buscar ajuda.

É inaceitável que mulheres que buscam justiça sejam ainda mais agredidas e culpabilizadas pelas violências sofridas.

Não podemos aceitar que a vida das mulheres seja considerada propriedade dos homens que as violentam numa demonstração de poder.

Exigimos justiça para TODAS!

Seguimos lutando pelo fim de todas as formas de violência contra as mulheres!

NENHUMA A MENOS! ✊🏼♀️🚩

Por @anamontenegro.ctba