
Exigimos liberdade imediata de Gessica e Galo, presos provisoriamente de forma arbitrária em razão das investigações sobre queima da estátua de Borba Gato em São Paulo, assim como de Daniel Oliveira, o Biu, que se apresentaram voluntariamente para colaborar com as investigações. A justiça e a polícia militar de São Paulo precisam justificar quais os riscos que os três investigados fornecem à sociedade para serem presos provisoriamente, sendo que não apresentaram nenhuma resistência às investigações. Ademais, sabemos muito bem que existem várias formas de conduzir uma investigação, sem a necessidade de decretar prisão, e que o que prevaleceu nessa decisão foi uma vergonhosa seletividade penal, com intuito explícito de intimidar e impor o medo nos movimentos populares que se opõe radicalmente ao sistema. Especialmente, repudiamos a prisão de Gessica, mãe de uma criança de três anos, cujo único envolvimento comprovado até o momento é ser esposa de Galo. Sequer na manifestação ela compareceu. Como de praxe, a justiça mostra sua face mais cruel, machista e racista! Não há dúvidas de que isso se configura como tortura psicológica e perseguição as e aos lutadores/as sociais. Devemos ressaltar que estamos em meio a uma pandemia, e que recentemente a justiça concedeu a autores de inúmeros crimes mandados para responder em liberdade devido aos riscos de contágio na prisão. Não só riscos de contágio nos preocupam, mas também os demais traumas que uma prisão política gera em qualquer pessoa. Devemos monitorar a situação de Gessica, Galo e Bidu e exigir reparação a todos os danos oriundos dessa atitude irresponsável aparatos jurídicos paulista. Não podemos aceitar nenhuma prisão política.Liberdade para Gessica, Galo e Biu! Tortura nunca mais!
