Jornal O Poder Popular, março, 2023

O 8M é o principal marco internacional da luta feminista, Ao longo dos anos foram surgindo adaptações sobre a  origem da data com objetivo de a desvincular da luta das mulheres comunistas, mas a luta organizada das trabalhadoras junto a sua classe levou a vários avanços nos direitos das mulheres rumo a sua emancipação. Não por acaso a União Soviética foi o primeiro país a ter uma legislação que promovesse a autonomia e  dignidade das mulheres, garantindo a igualdade de direitos, o avanço na socialização do trabalho doméstico e o direito ao aborto gratuito e sem restrições.

Nesses 123 anos, mulheres brasileiras e de todo mundo conseguiram avançar em várias pautas,  muitas das pautas do século passado persistem na atualidade, como é o caso da luta pela legazição do aborto.

No Brasil, o aborto é considerado crime e o acesso é limitado a casos de estupro, risco de vida da mãe ou  anencefalia, os tramites nesses casos são complexos e burocráticos e a   judicialização do processo para a garanti-lo é lenta e faz com que as mulheres prolonguem a gestação ou não consigam realizar o procedimento.  Mesmo com autorização legal, muitas não encontram serviços de saúde que realizem, 40% das mulheres precisam ir para outros municípios. Abortos clandestinos são a quarta causa de mortalidade materna em nosso país, e além de ser uma causa evitável, envidencia como o tema é tratado de forma enviesada e que a vida das mulheres de fato não é importante. A legalização do aborto é uma questão de saúde publica, justiça social e a garantia do acesso deveria ser um direito fundamental das mulheres.

A luta das comunistas sempre esteve conectada  com a luta pela superação do capitalismo e todas as mazelas que ele impõe à humanidade e que atinge com mais violência as mulheres trabalhadoras. Ana Karen, secretária política do CFCAM, fala sobre a importância de ocupar as ruas no próximo 8M: “O 8 de março é um marco para as mulheres, e para toda a classe trabalhadora do mundo. O recrudescimento do fascismo, a destruição da humanidade e da natureza e as crises capitalistas, evidenciam o quanto o socialismo está na ordem do dia. Estamos em um país de capitalismo dependente, no qual as condições de vida das mulheres negras, indígenas, LBTs e da classe trabalhadora são ainda piores. O 8M é um momento de ocuparmos massivamente as ruas, exigindo melhores condições de vida e trabalho, e apontando a necessidade da internacionalização e radicalização das lutas contra o capital. Para a exploração não existem fronteiras, para as lutas, também não deve existir”. 

Confira horários e locais dos atos por todo o país:

  • Bahia

Salvador: 13h, Concentração no Largo da Lapinha indo até o Pelourinho

Feira de Santana: 8h – Concentração na sede da APLB Percurso até câmara de vereadores

  • Brasília

-16h Complexo Cultural Ibero Americano (Antiga Funarte)

  • Ceará

Fortaleza: 14:00h acolhida, 16:00h caminhada 17:30, ato político cultural.
Local: praça do Ferreira

  • Espirito santo

-Vitória: concentração às 14h no centro de Vitória – Praça Getúlio Vargas

  • Mato Grosso

Cuiabá: Concentração pro ato de rua às 7h00 na Praça Ulisses Guimarães em frente ao Shopping Pantanal, -MT

  • Minas Gerais

– BH: concentração as 17:00 praça da liberdade

– Betim, 9:30, praça Tiradentes
– Bom Despacho: concentração as 17:00 praça da Matriz –

– JF – concentração as 17:00 Parque Halfeld

-Uberaba: concentração as 17:00 na Praça Rui Barbosa no Centro de Uberaba
– Uberlândia:15h, praça Ismene Mendes, Centro

  • Rio de Janeiro

– RJ Capital concentração 16h na Candelária
– Petrópolis (RJ) 17h praça da inconfidência
– Nova Friburgo (RJ) concentração 17:30 na rodoviária urbana

  • Rio Grande do Norte

-Natal: Concentração 15 horas e saída às 16h Local: Midway

  • Rio Grande do Sul

– Porto Alegre: 18h, Concentração na esquina democrática

  • São Paulo

Sorocaba – Dia 04/03 às 9:00
Rio Preto – Dia 08/03 às 17:00
São Paulo – Dia 08/03 às 17:00
Campinas – Dia 08/03 às 16:00