Marielle e Anderson: PRESENTES!
O 14 de março de 2019 marca um ano do assassinato de Marielle Franco e Anderson Gomes, no Rio de Janeiro, sob a intervenção militar. Após um ano de gastos com a intervenção no estado do Rio de Janeiro, percebe-se a ineficiência na diminuição da violência, além da criminalização do trabalhador pobre, do racismo institucionalizado e da ausência de combate às milícias.
Foi somente há dois dias que a investigação instaurada para responsabilizar os assassinos de Marielle e Anderson trouxe os primeiros resultados ao identificar o policial militar reformado Ronnie Lessa e o ex-policial militar Élcio Vieira de Queiroz como os praticantes deste crime. No entanto, precisamos saber mais do que nunca QUEM MANDOU MATAR Marielle. Sem isso, permaneceremos sem respostas sobre o assassinato de Marielle Franco, vereadora socialista, negra, moradora da Maré e ativista LGBT e, também, relatora da comissão que investigaria a Intervenção. Há, diante disso, fortes indícios de que esse assassinato seja produto da rede que liga milícias, polícia e política. Rede que se expande, nacionaliza e ganha corpo no governo Bolsonaro.
As recentes denúncias feitas pela grande mídia a respeito das relações entre o senador Flávio Bolsonaro, investigados por prática de milícias e o esquema de laranjas são a ponta de um iceberg que chega à própria sustentação de poder do atual Presidente da República. O Governo Bolsonaro constrói sua política se apropriando da – nunca realmente superada – Doutrina de Segurança Nacional, que fundamentou e justificou a ditadura empresarial militar e buscou, nas palavras do ditador Castello Branco, a unidade da elite civil e militar contra os “inimigos internos”. A ideia de inimigo interno é uma criação ideológica do conjunto da classe dominante brasileira, unindo o “anticomunismo”, a criminalização do trabalhador pobre e o racismo.
O general vice-presidente celebra para a imprensa o “branqueamento da raça”, o hoje senador Flávio Bolsonaro homenageou, na Assembleia Legislativa do Rio, investigados de práticas de milícia e o Governo Federal defende e torna impune a prática de execuções e chacinas policiais. Após um ano de uma impunidade gritante, é necessário que aqueles que foram identificados pela elite como “inimigos internos” se unam e construam um outro tipo de poder, o Poder Popular! Só assim, manteremos viva a memória de Marielle, Anderson e de todos os mortos e desaparecidos que lutaram contra as injustiças, a exploração e todas as formas de opressão sobre os trabalhadores.
Por Marielle e Anderson, pelo Poder Popular!
Coletivo Negro Minervino de Oliveira
Coletivo Feminista Classista Ana Montenegro
União da Juventude Comunista
Unidade Classista