Nise da Silveira nasceu em 1905, em Maceió, Alagoas. Em 1926 formou-se em medicina, pela Faculdade de Medicina da Bahia, tornando-se uma das primeiras mulheres médicas do Brasil. Resolveu se especializar na área da psiquiatria, na qual se encontrou e dedicou sua vida profissional de forma intensa a ela. Nise acreditava que tratamentos realizados à época, em grande parte, agressivos – como, lobotomia e eletrochoques – deveriam ser rechaçados, pois desumanizavam os pacientes. Ela defendia a arte como parte do processo de tratamentos de muitas pessoas. Em 1946, quando trabalhava com terapia ocupacional, no Centro Psiquiátrico Nacional Pedro II, criou a Seção de Terapêutica Ocupacional. Substituiu os trabalhos tradicionais realizados pelos pacientes, como limpeza e manutenção, por pinturas e modelagens em ateliês instalados no local, visando uma ligação mais profunda desses indivíduos com a realidade por meio do desenvolvimento de atividades criativas e lúdicas. Desse modo, revolucionou a psiquiatria brasileira. Em meados da década de 1930, Nise militou ativamente no Partido Comunista Brasileiro e sua assinatura integrou o ”Manifesto dos trabalhadores intelectuais ao povo brasileiro”. Durante a realização da Intentona Comunista foi denunciada por uma enfermeira pela posse de livros de cunho marxistas e devido a isso foi presa, em 1936, e permaneceu nesse estado por um ano e meio. A médica psiquiatra lutou incessantemente por um tratamento humanizado de diversos pacientes com quem teve contato e aliada a essa luta se fazia presente sua militância comunista, causas as quais ela tinha ciência de que eram impossíveis de serem desvinculadas uma da outra.
Viva Nise da Silveira!
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