O dia de hoje, 9 de agosto, é marcado pelo Dia Internacional dos Povos Indígenas. Uma data que nos faz pensar se temos motivos para comemorar, uma vez que as políticas de genocídio contra os povos indígenas são constantes desde a invasão de colonizadores europeus em Abya Yala (América), até os tempos atuais com o descaso do governo de Bolsonaro e Mourão Sabemos que os povos indígenas foram os mais afetados pela crise sanitária provocada pelo descaso do governo com a pandemia do novo coronavírus.
Não bastasse isso, a agenda anti-indigena do Congresso Nacional tenta aprovar o Marco Temporal (PL490), que dificulta ainda mais a demarcação das terras indígenas, facilitando a invasão de garimpeiros e a exploração do meio ambiente. Recentemente, também nos deparamos com o crime de barbárie cometido contra Daiana Griá Sales, 14 anos, indígena Kaingáng moradora do Setor Bananeiras da Terra Indígena do Guarita, que foi encontrada morta em uma lavoura com as suas partes íntimas dilaceradas.
Apenas mais um exemplo das inúmeras tentativas de extermínio contra os povos originários, que perduram até hoje.
“Os Povos Indígenas, Quilombolas e as demais comunidades originárias e tradicionais são inspiradores e impulsionadores da esperança na construção e consolidação de um mundo onde caibam outros mundos, ou seja, onde os modos de ser e viver dos outros sejam respeitados e valorizados.”
O trecho acima, retirado da Carta da V Assembleia dos Povos “Acabou o amor, isso aqui vai virar Palmares!”, e mostra porque devemos estar junto dos povos originários na luta contra a burguesia. Apenas juntos construiremos o poder popular, contemplando toda a classe trabalhadora.
Nós, do CFCAM e demais coletivos do PCB, estamos juntos dos povos indígenas: contra a invasão das suas terras, contra os constantes ataques à sua autonomia e na defesa de todos os seus direitos. Pelos povos indígenas e pelo poder popular!