A Marcha das Margaridas é um movimento de mulheres do campo que existe desde 2000 para denunciar a realidade vivida por mulheres do campo, agricultoras, ribeirinhas e indígenas. Coordenada pela Confederação Nacional de Trabalhadores Rurais Agricultores e Agricultoras Familiares (Contag), são 27 federações estaduais e mais de quatro mil sindicatos filiados. A Marcha é construída em parceria com os movimentos feministas, centrais sindicais e organizações internacionais.O nome da marcha homenageia Margarida Maria Alves, sindicalista paraibana assassinada em 1983, aos 50 anos, por um matador de aluguel a mando de fazendeiros da região de Alagoa Grande. Até hoje, nenhum acusado por sua morte foi condenado.No primeiro ano da Marcha das Margaridas, em 2000, cerca de 20 mil mulheres ocuparam as ruas do Brasil em protestos regionais. Em 2019, foram mais de 100 mil mulheres e representações de mais de 20 países, especialmente da América Latina. Com a pandemia, os trabalhadores do campo sofreram ainda mais tanto com o avanço da violência por parte do Estado e de fazendeiros investidos no agronegócio. Consequentemente, não tiveram qualquer tipo de assistência por parte do Estado, ficando relegadas à própria sorte com o avanço da Covid-19. O Coletivo Feminista Classista Ana Montenegro saúda a luta e a resistência da Marcha das Margaridas porque acredita que é através da luta que alcançaremos melhores condições, de vida, trabalho e segurança.