As experiências revolucionárias da classe trabalhadora só foram possíveis pela coragem de muitos homens e mulheres. No caso de Cuba, não foi diferente: na década de 50 do século XX, milhares se mobilizavam contra a ditadura, a opressão e o imperialismo, como Dora Carcaño, que desde jovem idade buscava mudar o rumo da sociedade para o socialismo. Juntou-se à brigada 26 de julho aos 23 anos, e participou diretamente da vitoriosa Revolução Cubana. Após essa grande conquista, no entendimento que a condição de vida das mulheres trabalhadoras tinha muito a avançar, fundou, junto de outras revolucionárias, em 1960 a Federação de Mulheres Cubanas – organização existente até hoje, e que se empenha em garantir os direitos das trabalhadoras de Cuba. A FMC integra a Federação Democrática Internacional das Mulheres, na qual Dora Carcaño foi secretária-geral de 1967 a 1990, no intuito de travar as mais diversas batalhas em prol das mulheres pelo mundo, seja na Palestina, Angola ou Cuba. 

Um exemplo de força não apenas para as cubanas, ou latinoamericanas, mas para todas do mundo. Dora nos deixou no dia 5 de novembro, pelo que o Coletivo Feminista Classista vem expressar seu pesar, enquanto também ressalta seu legado internacionalista e em defesa das mulheres trabalhadoras. Dora nos inspira e vive em cada uma de nós, comprometidas com um futuro revolucionário para todas. 

Camarada Dora, presente!