🚩Dia Internacional pela saúde da mulher
🚩Dia Nacional pela redução da mortalidade materna

A maioria das mortes maternas e infantis são evitáveis e consequência de atendimento pré-natal de baixa qualidade ou escasso, da falta de recursos para cuidados críticos e de emergência, dificuldade de acesso aos serviços pré-natal e neonatal, violência obstétrica e desnutrição.

O contexto obstétrico extremamente racista e violento, a desigualdade social, a ausência de garantia aos direitos mais básicos como alimentação, moradia e educação estão diretamente relacionadas à mortalidade materna que atinge predominantemente mulheres negras e pobres e é também uma grave violação dos direitos humanos.

A luta pela garantia de atenção integral plena à saúde da mulher, assim como pela garantia de todos os direitos essenciais mais básicos, que são determinantes na qualidade de vida da população é fundamental para a redução da mortalidade materna.

O Brasil concentra a maioria das mortes de gestantes e puérperas por Covid-19 no mundo, 77% das mulheres que morreram nesse perfil. Os índices de mortalidade materna e infantil voltaram a crescer mesmo antes da pandemia, que agravou ainda mais o quadro. Isso ocorreu depois de um período de declínio alcançado por meio de políticas como a Rede Cegonha elaborada em 2011. A Rede Cegonha que foi a política pública mais eficaz em nosso país até o momento, de combate a mortalidade materno infantil vem sendo desmontada pelo atual governo federal, que apresentou em substituição a RAMI em abril deste ano. O modelo apresentado na portaria que institui a RAMI Rede de Atenção Materno e Infantil, elaborada unilateralmente pelo governo federal, foca no modelo hospitalar e medicalizado, centrado na atuação do médico obstetra, e não inclui os centros de parto normal trazendo enormes retrocessos.

Nós do PCB e do Coletivo Feminista Classista Ana Montenegro, seguimos na luta contra todos os retrocessos , pela garantia de atenção integral plena a saúde da mulher, assim como pela garantia de todos os direitos essenciais mais básicos, que são determinantes na qualidade de vida da população e para a redução da mortalidade materna.