No dia 17 de maio comemora-se o dia Internacional contra a LGBTfobia. Nessa data, em 1990, a Organização Mundial de Saúde definiu que a homossexualidade não poderia ser considerada como doença ou distúrbio, excluindo-a da Classificação Internacional de Doenças.
Embora de lá para cá muitos avanços tenham sido alcançados pelas lutas das LGBTs, essa população ainda sofre diariamente. Segundo dados levantados pela Acontece Arte e Política LGBTI+ e Grupo Gay Bahia, divulgados no dia 14 de maio, em 2020 foram registradas 237 mortes violentas de LGBTs no Brasil ( 224 homicídios e 13 suicídios). Entre os 20 municípios mais violentos do país, 3 estão em Alagoas: Maceió, Rio Largo e São José da Laje.
Esses dados demonstram a cruel realidade a qual essa população está exposta (sendo nosso estado, um dos mais violentos para esse grupo) e evidenciam a necessidade de avançar nas lutas pelos seus direitos. Além disso, a maior parte dessa população está frequentemente submetida a piores condições de vida, de trabalho e enfrentam maiores entraves para o acesso adequado à saúde. São marginalizadas e ainda mais exploradas do que as demais trabalhadoras/es. Dessa forma, a luta pelo respeito, liberdade e garantia de direitos deve estar atrelada a luta por uma transformação radical de nossa sociedade que oprime e violenta essa população cotidianamente.
Apenas na construção de uma nova sociedade, com novos valores morais, que poderemos experenciar a liberdade de vivenciar afetos e de ser quem se é com plenitude, sem que nossas diferenças sejam motivo para sofrer maior opressão, exploração, marginalização e violência.
A luta anticapitalista é também a luta contra toda forma de opressão e LGBTfobia!